quarta-feira, maio 23

Fim da Partida


No passado dia 22, 3ª feira, desloquei-me, na companhia da minha querida catarina, ao Teatro da Politécnica para assistir à peça "Fim da Partida" do Grupo NEXT da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa...


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A peça durou 5 a 10 minutos. No fim da peça fui vítima de cerca de hora e meia de uma tortura, que aparentava ser interminável, e que me esfaqueou a inteligência até um ponto em que não consegui distinguir o que em mim era dor e o que não era.

Acaban
do por servir de travesseiro à minha companhia, fui deixado na solidão com o resto do público que incompreensivelmente e estupidamente mantinha os olhos abertos e corpo encostado à cadeira. Umas quantas almas inteligentes levantaram-se e decidiram pôr um justo fim à sua tortura, mas cá eu sou masoquista.

O pr
otagonista morria e voltava a nascer, um moribundo ligado a sacos semelhantes aos de soro dos hospitais, para manter a sonolência desperta. O tempo não queria passar, o tempo não tinha piedade do meu intelecto.

Os aplausos foram efusivos, finalmente a tortura tinha acabado! No fim, eu era o moribundo ensanguentado.


terça-feira, maio 22

Tormento

Trepo os cumes dos mais nivelados abismos,
Soa o grito da minha mente, cercada, limitada...
Pela liberdade... eu luto, eu sangro, eu deixo-me...
Fechar... as mil vozes que há em mim,
Forçadas a expandir-se e a proliferar...
Pela liberdade... dos outros sou eu subjugado?

Quem me alegra tamanha paz conturbada?
O ouro lá eu vejo... o ouro lá eu via...
Quem me choca com a nuvens que no tecto vislumbro?
O chumbo cá eu vejo... o chumbo cá eu via...

Voa com as asas que eu te dou!
Voa até mais não poderes... mas cinge-te a mim,
Vê o que eu vejo, imagina o que eu imagino...
Não sejas o que eu sou, sê o que eu desejo...

Diz-me como ser eu próprio.
Procuro a morte que não tenho,
Quero a vida que desenho...
Em teus quadros... eu ilustro a minha alma...
Presa... ao teu espírito, é a minha vontade.
Consola-me este sonhar acordado, suplico,

De ti eu preciso...
... Delta do mundo, delta do Homem,
És a minha força, mas também o meu tormento,
Assim eles o dizem, assim eu o afirmo...
Tenho que viver, tenho que viver...

Não... quero morrer!

segunda-feira, maio 7

I see...alive people


O maior salto da história do cinema