segunda-feira, maio 26

Um Conto

Era uma vez um sabor...

A poesia,
Sumo de laranja,
Rosa,
Amarelo,
A pingos de arco-íris,
Polvilhados na nuvem predilecta.

Pedacinho a pedacinho, solto na sua valsa açucarada, mistura-se no verbo temperado, levanta a calma, pequena neve de baunilha, suspensa no som de cada letra que me toca. Num encosto terno, ao ouvido, pinta-me o seu nome a pastel.

Sabe a doce!
Àquele doce que mancha,
Que cola ao céu,
Que sobe mais baixo,
Que volta e fica,
Que pinta e abraça,
Abraça sem braços,
Que cola ao peito,
E se entranha no rir!

Vejo-o recortado ao perto, diluído na luz, a cintilar as palavras que não guarda.
Enquanto vai... desenhando o seu próprio rumo, segreda os tons do seu paladar, que vem colhendo na paisagem.
Para enfim nascer, na forma de uma flor - uma túlipa - e se desvendar.
Para partilhar o mundo que, enquanto solto, mudou.

4 comentários:

Anónimo disse...

Gosto, gosto, gosto muito :) gosto não só pk teve origem num desejo mas porque kd o li criou imagens bonitas e fez-m sorrir, gosto pk é suave e colorido, gosto pk está cheio d coisas boas... não me lembro onde é k li isto mas a verdadeira arte é akela k consegue "tocar" nas emoções das pessoas e tu consegues isso, por isso acho k a tua magia é esta :P **

Irina disse...

Quando li pela primeira vez (ou pelas primeiras vezes, vá – já sabes que me deixas curiosa ;p) disse “desfaz-se na boca”. Porque é leve e parece açúcar em pó, mas não é doce só por ser - não é pegajoso, mas cola.
Surpreendeu-me! É ligeiro e solto e colorido! Algo que vi em alguns posts mais antigos… Já não é fácil fazer sentir através de palavras, mas tu fizeste derreter ^^
E se às vezes sinto pena de não ler coisas tuas mais vezes, tenho de confessar que a espera tornou este post um bocadinho mais especial. Afinal, os anteriores, eu li todos de seguida, fiquei meio mal habituada! Portanto, podes fazer esperar, desde que voltes!
E pronto, é melhor que um m&m amarelo (e ganha pontos por causa da túlipa, uma favorita)!

Anónimo disse...

"Um Conto" que é uma euforia de percepções imediatas, de impressão pura. A cor e a luminosidade apontam para um quadro impressionista e a qualidade óptica do objecto sobrepõe-se ao próprio objecto. A naturalidade evidenciada nos pormenores do quotidiano transfigura-se através da sinestesia avassaladora do prosaico. Um festim poético de referências sensoriais!

Anónimo disse...

comentários bonitos.