quarta-feira, abril 11

Vazio Rubro

Então acordei,
Sublime plenitude
Que se me apoderou,
Eras tu, tu e não mais!
O universo...eras tu!
Senti a vertigem,
Abracei a loucura,
Tornei-me não mais que uma sede de fogo.
E o fogo eras tu!
A chama eras tu!

Mas porquê? O toque fragmentou,
O sangue eras tu, reflexo da pureza...
Refracção do desejo...

Então, caído, te abracei,
Saudável memória cadavérica,
Inexistente, imperceptível,
Tão fictícia como aquele anjo caído dos meus sonhos,
Voando para longe,
Nunca meu, sempre em mim,
Abraçando o vazio desse tempo sem fim.
E eu, caído, te olhei,
Com a minha íris sufocante te fixei
Naquele momento de submissão.

E então me sorriste...
Sublime plenitude!
O universo...eras tu!

2 comentários:

The Artist disse...

Hombre,

muy, muy bueno!

;-)

JorgeMiguel

Catarina disse...

Muito forte, muito intenso...

;)

(L)